Em menos de uma década, a frota de motos no Ceará superou a de carros. Enquanto os primeiros ultrapassam a casa de um milhão - representando 43,6% dos 2,2 milhões de veículos do Estado - o segundo soma 849,7 mil ou 37% do geral, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/CE) referentes a agosto desse ano. Em 2004, dos 892 mil veículos, 48,1% ou 429,4 mil eram de automóveis contra 282 mil motocicletas, sendo 31% do geral.
Este salto na preferência por esse tipo de modal coloca o Estado do Ceará na terceira posição no número de motos no Brasil, de acordo com ranking do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Só perde para São Paulo, com 3,9 milhões e Minas Gerais, com 2 milhões. Em quarto lugar aparece o Paraná, com 995,3 mil, e em quinto a Bahia, com 963,7 mil motocicletas.
Se no passado a moto era sinal de liberdade e agilidade, sendo até símbolo de status, hoje representa preocupações sérias em relação ao meio ambiente, transporte, previdência e saúde pública. E isso é comprovado nas estatísticas. Por exemplo, o total de habilitados nas categorias A até E soma 690,5 mil, ou seja, mais de 300 mil circulam de motos sem carteira no Estado, informa o Detran.
Segundo dados do Instituto José Frota (IJF), o número de acidentes também acelerou junto com a frota. O hospital atende a uma média diária de 36 vítimas de acidentes de motos. De abril para setembro, foram 6,4 mil atendimentos que superlotam enfermarias e corredores do Frotão. No ano passado, a média foi de 28 por dia.
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