Comissão questiona atraso no pagamento dos carros pipa no Ceará

O atraso no pagamento dos pipeiros que fazem parte da “Operação Carro Pipa” no Ceará foi um dos temas debatidos pela Comissão Especial da Seca, que aconteceu na tarde de ontem, na Assembleia Legislativa. Presidido pelo deputado João Jaime (DEM), o encontro também contou com a presença do presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce), José Maria Pimenta.

De acordo com João Jaime, grande parte das reclamações recebidas pela Comissão é relacionada ao atraso dos pagamentos dos trabalhadores da operação. O parlamentar também destacou que populares não aguentaram a situação e foram à imprensa denunciar que cerca de quatro mil famílias em 32 comunidades rurais do município de Iguatu, na região Centro-Sul, ficaram sem água por falta de pagamento aos pipeiros. “O objetivo dessa reunião é pedir explicações sobre o atraso no pagamento e buscar alternativas para normalizar o problema de abastecimento d’água”, frisou o deputado democrata.

Falha no depósito

O coordenador da Defesa Civil do Ceará, Élcio da Silva, disse que estava ciente dos problemas enfrentados pela população de Iguatu, e que o depósito do dinheiro já tinha sido realizado para a empresa responsável pelo abastecimento. Élcio também afirmou que, atualmente, a operação atende 55 municípios no Estado, e que o atraso no pagamento se deu por uma falha no depósito do repasse, que só foi autorizado 30 dias após a liberação. No entanto, ainda este mês a situação irá normalizar. “Temos que entender que estamos em situação de anormalidade. Estamos enfrentando a pior seca dos últimos 40 anos. Mesmo com tantas dificuldades, entre elas, a de alugar carros pipa; chegar a locais distantes e encontrar fontes de captação de água potável, a Defesa Civil trabalha para atender toda a população e suas demandas”, destacou.

Alternativa

Como alternativa para minimizar o problema do aluguel de carros pipa, João Jaime destacou que o Governo poderia apresentar um projeto para comprar as pipas e apenas alugar os caminhões para a distribuição de água. Além de usar tratores para atender as regiões mais distantes e com dificuldade de acesso. “Com as suas próprias pipas, o Estado poderá fazer um controle mais rigoroso da água que está sendo distribuída”, afirmou. 


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