Senador Eunício Oliveira diz que PMDB não aceita imposição de candidato no CE


“A população não aceita mais essa questão do bolso do colete dos importantes. As pessoas não suportam mais imaginar que elas vão ser governadas por um poste, como preposto, por alguém que acha que pelo fato de ser meu amigo, pode ser o próprio governante”.

A declaração foi feita pelo senador Eunício Oliveira, PMDB, durante entrevista coletiva a várias emissoras de rádio dos Municípios de Pedra Branca, Boa Viagem, Mombaça e Tauá, após a solenidade de inauguração da Agência do INSS do município de Pedra Branca, na região Sertão Central do Estado, nesta sexta-feira, 17, com a presença do Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, Vice-governador Domingos Filho, 3 deputados federais e um deputado estadual.

Eunício afirmou que “as manifestações que vem ocorrendo no País, mostram que não adianta apenas fazer um prédio bonito. É preciso fazer desse prédio algo eficiente para a sociedade.”

Industrialização do interior

Ele também criticou o modelo de concentração de renda do Estado do Ceará.“Não dá mais pra gente viver em dois Cearás, onde num Ceará em que apenas 5 municípios concentram 70% da renda e os outros 179 municípios concentram apenas 30%. Não dá mais pra isso”.

Sucessão estadual

Ao ser indagado sobre o quadro político do Estado do Ceará para 2014, o senador peemedebista disse que “as pessoas não se sentem mais na obrigação como era no passado. Os coronéis escolhiam seus vaqueiros e botavam para governar seus municípios quando eles não podiam mais”.

O senador acrescentou ainda que “a escolha vai ser livre e democrática no Brasil inteiro e quem vai definir isso não vai ser a cúpula de um partido político. Quem vai decidir é o eleitor”, disse.

PROS x PMDB

Ao ser indagado sobre as recentes declarações do governador Cid Gomes e dele próprio, em que nenhum dois abriria mão da indicação do candidato majoritário, o peemedebista disse que “o PROS tem nomes qualificados, inclusive o do Vice-governador Domingos Filho. O PMDB também tem nomes para disputar essa eleição. Se o Governador Cid Gomes não pode ser candidato é hora de uma discussão diferente entre os que querem ter candidato dentro do partido dele e entre os demais partidos”.

Prazo para decisão

O presidente regional do PMDB falou de uma reunião ocorrida entre as lideranças nacionais, quando ficou definido um prazo para o fechamento das alianças estaduais. “O meu partido decidiu na última quarta-feira, 15, em reunião no Palácio do Jaburu, em Brasília, quando tomamos a decisão de que o PMDB nacional irá fazer uma pré-convenção para homologar as decisões estaduais. Vamos lutar até o último instante para que a mesma aliança que nós construímos a nível nacional permaneça nos Estados brasileiros.

Dissidência

Eunício disse que “se isso não for possível manter a aliança atual, não quero amanhã taxar um companheiro meu de dissidente. Eu não quero amanhã ser taxado de dissidente porque não estou apoiando a mesma chapa de cima a baixo que foi construída pelos partidos da aliança a nível nacional. Para que isso não aconteça, para que não digam amanhã que fulano de tal é dissidente porque está apoiando um candidato a senador de outro partido, porque colocou na chapa um vice-governador de outro partido que não faz parte da aliança para eleger a Presidente Dilma, é que o PMDB definiu um prazo, que não é meu e sim da Direção Nacional e de todos os Diretórios Estaduais. A convenção nacional será em abril”.

Diálogo com a oposição

Indagado se estaria conversando com o ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa sobre a costura de aliança com os partidos de oposição, Eunício foi evasivo na resposta, mas deixou um recado. “Eu sou um conciliador por natureza, então eu não discrimino nem partidos políticos e nem pessoas que pensam diferente de mim. A única coisa que o PMDB não aceita é ditadura, é imposição. O PMDB não dá prazo a partido algum, o prazo do partido não é o prazo do Senador Eunício Oliveira.”

(Blog do Wilrismar)


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