Relógio da igreja Matriz de Senhora Sant'Ana passa por reparos

Em Iguatu, o tempo? O tempo parou para os moradores que tem o relógio da Igreja Matriz de Senhora Sant’Ana como referência. A  tradição de cada meia hora o sino soar, faz falta para muitos moradores, e quem frequenta a Praça da Matriz,  principalmente as pessoas de mais idade. A reportagem é de Wandenberg Belém.

O relógio instalado na torre da igreja é mecânico, e ainda mantém suas características originais. O maquinário do relógio de número 13 foi fabricado em Juazeiro do Norte no ano de 1937 por Péluzio Macedo e personalizado com o nome da Paróquia de Iguatu, gravado o nome de Monsenhor José Coelho F. Rocha, pároco daquela época.

O relógio é mecânico, feito de ferro e bronze, e por desgaste parou de funcionar no ano passado
 (Foto: Wandenberg Belém)
Mas recentemente o relógio, feito de ferro e bronze, movido à corda, que recebeu o último conserto em 2007, por desgaste do tempo parou de funcionar. “O relógio é útil para a turma que fica na praça, para moradores daqui de perto que se acostumaram acompanhar o passar das horas. Ele tem um sinal forte. De manhã cedo quando chegava na igreja já estava acostumado com suas badaladas e já sabia o horário”, disse o sacristão Francimário Batista, que acompanhou a retirada do maquinário do relógio que foi para conserto.

Cuidadosamente o relojoeiro, Jackson Morais, que há 15 anos trabalha no ramo, teve pela frente na manhã da última quinta-feira, 13, uma missão diferente e de muita responsabilidade. “É uma responsabilidade grande e um momento histórico para mim. Há mais de 40 anos minha família trabalha com relógios e hoje estou podendo ter esse privilegio de consertar essa obra de arte. Porque o que vemos aqui são peças feitas naquele tempo à mão. Cada engrenagem, os parafusos. Mas devido ao tempo de existência do relógio, existem algumas peças que precisam de reparos, e naturalmente se desgastam”, destacou Jackson Relojoeiro, como é conhecido. Ele disse que é uma questão de tempo para que o relógio volte a funcionar. “O princípio de funcionamento dele é básico, semelhante a qualquer outro relógio. É fácil de trabalhar porque é bem maior, mas ao mesmo tempo é cansativo porque as peças são grandes e pesadas”, concluiu.

Big Ben de Iguatu

De acordo com o pároco da Matriz de Sant’Ana, o conserto do relógio era uma cobrança constante dos moradores mais antigos e vizinhos da igreja. “Todo dia a mãe do jornalista Honório Barbosa, dona Zilma, me cobrava. Dizendo que o relógio não pode ficar parado. E atendendo esses pedidos contratamos um relojoeiro profissional para fazer esse conserto, orçado em R$ 5.200. Isso parcelado. Antes a paróquia tinha que contratar um profissional de fora e saia muito mais caro. O rapaz que vai fazer já tem experiência em conserto de relógios de outras paroquias e nos garantiu entregar num prazo de trinta dia nosso relógio funcionando. Como costumo chamar o Big Ben de Iguatu”, explicou padre Carlos Roberto, destacando o lado histórico também da objeto que se tornou referencia para Iguatu. “Aguardamos agora com ansiedade o retorno e bom funcionamento do relógio”.



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