RIO - Sharon Stone ''queria morrer'' quando seu corpo se transformou por volta dos 20 anos, ficando mais curvilíneo. A atriz, hoje prestes a completar 56 anos, ganhou 20 quilos como um efeito colateral da medicação que tomou após um acidente e admitiu que odiava a atenção que seu corpo despertava nos homens. Em entrevista à edição de março da revista "Shape", ela disse:
''Quando eu tinha 20 anos, depois do meu acidente de hipismo, me deram injeções de cortisona e eu ganhei muito peso, cerca de 20 quilos. Eu parecia um pouco com a Anna Nicole Smith, com uma cintura fina, seios grandes e uma bunda grande. Onde quer que fosse, os homens enlouqueciam com o meu corpo. Eu queria morrer e me tornei introvertida''.
A atriz também admitiu que tem lutado contra o envelhecimento. "Houve um ponto, em meus 40 anos, que eu fui para o banheiro com uma garrafa de vinho, tranquei a porta e disse: 'Eu não vou sair até que eu possa aceitar totalmente como eu sou agora'".
''Eu examinei meu rosto num espelho de aumento, e eu olhei para o meu corpo, e chorei, chorei e chorei... Eu pensei 'eu gostaria de envelhecer como uma dançarina. Quero manter meu corpo em forma assim'''.
Sharon também chamou a atenção para o perigo de se render a cirurgias plásticas sem a devida cautela.
"Se você quer (uma plástica), deveria fazer. Mas existe muitos médicos que estão se aproveitando de pessoas inseguras. Não consigo me lembrar de quantos cirurgiões plásticos já tentaram me vender um face-lift... Eu não acredito que seja certo se desesperar e arrumar peitos enormes ou cortar o seu rosto quando se tem vinte e poucos anos", afirmou.
Mãe de três meninos, cujas idades variam entre 13 e 7 anos, Sharon também contou sobre como lida com a educação dos filhos.
"Ano passado, um deles me disse: 'nós somos ricos'. Respondi a ele: 'não, eu que sou rica. Você é um privilegiado'. Eles não podem crescer com esse tipo de postura. Para ser feliz, é preciso trabalhar duro. Quando faço coisas boas, me sinto feliz. Me sinto bem em fazer a coisa certa", defende a estrela, que revelou como foi explicar aos filhos sobre a hemorragia cerebral que teve em 2001, aos 41 anos.
"Meus filhos sabem agora que eu machuquei a minha cabeça, e que é por isso que eu tenho que descansar às vezes e é por isso que eu fico gripada com mais facilidade e tenho que ser mais cuidadosa". A experiência de quase perder a vida, explica ela, foi o que a motivou a aceitar melhor o envelhecimento.
"Como eu encarei para valer a possibilidade de não ficar velha, envelhecer se tornou algo a que sou extremamente grata. Eu tenho uma gratidão imensa pela minha idade. Envelhecer é a minha meta, como deveria ser para toda pessoa sensata", conta ela, que compartilhou um pouco de como foi a sua temporada no hospital.
"Eu estava internada na área neurológica do hospital e vi um rapaz do lado morrer. Eu assisti aquilo acontecer, e você vê de primeira mão como é isso. Não existe lição maior sobre o sentido da vida. Quando vejo pessoas más, que fazem todo o tipo de ações sem sentido, eu apenas balanço minha cabeça e sigo em frente", desabafou.
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