Vacinação contra HPV começa na segunda-feira

Pela primeira vez no Ceará e nos demais estados do País, meninas de 11 a 13 anos receberão, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra o Papiloma Vírus Humano(HPV), que se destina a prevenir, desde cedo, o câncer do colo de útero e verrugas vaginais. O dia ¨D¨ da campanha acontecerá na segunda-feira (10), data na qual a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), em parceria com os municípios, desenvolverá ações buscando conscientizar a população sobre a importância da vacinação.

A imunização acontece em três doses da vacina, sendo que a primeira será aplicada até 10 de abril em unidades de saúde e também em escolas públicas e privadas, explicou a coordenadora da Imunização da Sesa, enfermeira Ana Vilma Leite Braga. Já a segunda dose deve ser aplicada após seis meses (no período de 1 a 12 de setembro) e a terceira e última dose com cinco anos a após a primeira.

"Essa vacinação será inédita no País", explica a enfermeira, adiantando que nas escolas a vacina será aplicada por integrantes das equipes de Saúde da Família, treinadas com esse fim. A meta do Ministério da Saúde é incluir a vacina contra o HPV no calendário vacinal, ou seja, que passe a ser adotada como uma rotina, adianta.

Segundo Ana Vilma, a adolescente que porventura perder a oportunidade de se vacinar até dia 10 de abril, bastará se dirigir a qualquer unidade básica de saúde e solicitar a primeira dose, que será prontamente atendida se tiver de 11 a 13 anos.

Cobertura

"A cobertura deve ser universalizada", frisou, adiantando que para essa primeira etapa já chegaram ao Ceará 257.345 doses da vacina, que estão armazenadas em câmara fria, com temperatura de até 8ºC, na Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (Coas), na Avenida Washington Soares, próximo ao Hospital Gonzaguinha de Messejana.

O planejamento do Ministério é de que em 2016 meninas de 9 anos passem a receber as três doses da vacina contra o HPV, que é transmitido na relação sexual. Além disso é bom lembrar que, no Brasil, 5.160 mulheres morreram em 2011 em decorrência do câncer de colo de útero. Para 2014, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima o surgimento de 15. 590 novos casos da doença.

O câncer do colo do útero é o segundo mais incidente na população feminina brasileira, excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma. Impulsionado pelo Programa Viva Mulher, criado em 1996, o controle desse tipo câncer foi reafirmado como prioridade no plano de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer do governo federal.


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