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Os ataques foram os primeiros na capital em dois anos - Foto Web |
As suspeitas do atentado recaem sobre o grupo fundamentalista islâmico Boko Haram, que atua principalmente no nordeste do país, mas até esta noite nenhum grupo havia reivindicado o atentado. Segundo Charles Otegbade, diretor das operações de busca e resgate, uma das explosões teve origem em um veículo estacionado dentro do terminal rodoviário.
O atentado aconteceu em um horário de muito movimento, no qual as pessoas passam pelo terminal para seguir para o trabalho em Abuja, disse o porta-voz da agência nacional dos serviços de emergência, Manzo Ezekiel. "Eu esperava para entrar em um ônibus quando ouvi uma explosão ensurdecedora, então vi fumaça", disse Mimi Daniels, que sobreviveu ao atentado.
O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, esteve no local após o ataque e prometeu acabar com a insurreição do grupo islamita. "O Boko Haram é uma página negra na história de nosso desenvolvimento, mas vamos virar essa página", disse.
A polícia disse que seus órgãos estavam em "alerta vermelho", e exortou os nigerianos a ajudar na investigação para encontrar os assassinos. "De certa forma, não é uma grande surpresa", disse Kole Shettima, diretor do escritório de Abuja da Fundação MacArthur, uma instituição de caridade dos EUA. "A situação está cada vez pior."
Boko Haram
Os terroristas do Boko Haram lutam para estabelecer um Estado islâmico no nordeste da Nigéria. Nos últimos meses, o grupo intensificou os ataques a alvos civis, a quem acusam de colaborar com as forças de segurança e com o governo.
Há duas semanas, 20 membros do grupo morreram em confronto contra o exército quando tentavam escapar de uma prisão em Abuja. Ataques do Boko Haram deixaram ontem pelo menos 98 mortos na Nigéria.
Folha Press
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