Chefe de gabinete diz que ameaças de morte motivaram aposentadoria de Barbosa

Joaquim Barbosa, presidente do STF, anuncia, na abertura da sessão plenária sua
decisão de se aposentar do cargo de ministro, em junho
Ao se referir à decisão de aposentadoria do ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, anunciada nesta quinta-feira (29), o chefe de gabinete, o diplomata Sílvio Albuquerque Silva, disse que seu chefe "chegou ao limite, e já não aguentava mais. Havia ameaças de morte, com telefonemas para o gabinete e a casa dele, com frases covardes como: Sua hora está chegando", relatou.

Barbosa podia ficar mais 10 anos no STF, já que a aposentadoria compulsória se daria quando ele completasse 70 anos. Aos 59 anos, ele deixará a Suprema Corte no final de junho.

Antes do julgamento do mensalão, o ministro frequentava restaurante e bares em Brasília e no Rio. No entanto, após a prisão dos mensaleiros, tudo começou a mudar. Com a profusão de ameaças nas redes sociais, e o episódio em que foi abordado por um grupo de militantes do PT, ao deixar um restaurante em Brasília, Barbosa se sentiu forçado a mudar seus hábitos. 

Em outro episódio, relatado pela Revista Veja, um perfil apócrifo dizia que o ministro morreria de câncer ou com um tiro na cabeça e que seus algozes seriam seus senhores do novo engenho, seu capitão do mato. Outro perfil dizia: “Contra Joaquim Barbosa toda violência é permitida, porque não se trata de um ser humano, mas de um monstro e de uma aberração moral das mais pavorosas. Joaquim Barbosa deve ser morto”. A Polícia Federal investiga a origem das ameaças.




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