Executiva do PMDB vai declarar apoio à candidatura de Cunha


A Executiva Nacional do PMDB vai declarar nessa quarta-feira, 14, apoio à candidatura a presidente da Câmara do líder do partido, Eduardo Cunha. A decisão foi tomada na tarde desta terça, 13, em encontro do qual participaram o próprio Cunha, o presidente da legenda e vice-presidente da República, Michel Temer; o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); o ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP); o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM).

Na reunião, realizada na Vice-Presidência da República, ficou acertado que o partido vai demonstrar publicamente apoio à candidatura de Cunha em um ato da Executiva do partido, marcado para a manhã da quarta-feira. A intenção é demonstrar força e unidade da legenda contra as eventuais investidas do Palácio do Planalto de tentar ajudar o adversário do peemedebista, o atual primeiro vice-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Na segunda, 12, Michel Temer comunicou a decisão do partido aos ministros das Relações Institucionais, Pepe Vargas; da Casa Civil, Aloizio Mercadante; e das Comunicações, Ricardo Berzoini.

Na avaliação de peemedebistas, a moção de apoio a Cunha é visto como uma compensação de Temer pela condução da reforma ministerial. Integrantes do partido queixam-se de que o presidente do PMDB só defendeu seus interesses pessoais na mudança do primeiro escalão para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Tal manifestação do partido não estava prevista para ocorrer. Meses atrás, Temer chegou a insinuar que Cunha estaria contra ele, se fosse candidato de oposição ao governo. Cunha nega que atuará contra o Planalto, mas defende uma ação mais independente do Poder Legislativo.

A legenda também pode fazer uma moção de apoio à candidatura à reeleição de Renan Calheiros à presidência do Senado. Contudo, Renan resiste à manifestação pública de apoio agora, a 20 dias da eleição. Segundo aliados, ele teme ir para a “vitrine” cedo e prefere adiar ao máximo o lançamento da sua candidatura. (Diário do Poder)


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