Tumulto na Câmara de vereadores de Iguatu, durante a sessão ordinária desta terça-feira (18), sob a presidência do vereador Rubenildo Cadeira (PRB). Com auditório lotado, dezenas de diretores e professores das escolas da rede municipal de ensino apresentaram um abaixo assinado com Moção de Repúdio contra o vereador Rômulo Fernandes (PT), que na sessão do dia 05 de maio último, teria dito que "criar cargos comissionados por parte da prefeitura de Iguatu é tão somente para contemplar a politicagem e servir a muitos servidores preguiçosos".
A frase do vereador, dita durante a votação de um projeto para contratação de novos diretores escolares, não agradou os funcionários da educação, que na sessão de ontem, tentaram protocolar o documento na secretaria da Câmara, mas tiveram o pedido negado. Para a mesma nota foi solicitada a leitura no plenário na casa, mas o presidente Rubenildo Cadeira não acatou a solicitação. Entre apupos e vaias, o clima ficou tenso, e os educadores se retiraram da sessão.
Antes, o vereador Rômulo Fernandes usou a tribuna da Câmara para se desculpar. Já era tarde.
Com os ânimos inflamados, houve bate boca entre os parlamentares, e a sessão teve que ser encerrada.
De fevereiro deste ano, até os dias atuais, é de praxe os debates acalorados durantes as sessões da Câmara de Iguatu. O local já se tornou um antro da ditadura, depois da posse da nova mesa diretora. Tudo que criticavam antes, quando estavam fora do poder, agora praticam.
A situação tem levado muitos parlamentares da bancada de situação a se tornarem alvos de chacotas pelos novos mandatários daquele poder legislativo. Já houve casos de vereador ser suspenso da sessão por coisas tipicamente banais, como foi o caso do vereador Louro da Barra, em abril deste ano.
Diante dos fatos, vale lembrar: o mandato na presidência da Câmara de Iguatu dura apenas dois anos. Depois disso, acontecem novas eleições. E adeus truculência e arrogância. Afinal, como sempre tenho dito: “nada é eterno”.