Para a população de Barbalha, mais do que nunca, o Município precisa solucionar a greve dos servidores públicos da saúde. A preocupação, em parte, se refere à decisão anunciada pelo Hospital Maternidade São Vicente de Paulo em parar os atendimentos de pronto-socorro a partir da próxima sexta-feira (24). Com isso, cerca de 200 pacientes deixarão de ser atendidos na unidade, por dia.
A decisão, de acordo com a diretoria do São Vicente, compõe o pacote de redução de gastos para manter a instituição funcionando. Além do mais, a direção deve se reunir, nesta quarta-feira (22), com os prefeitos das três microrregionais (Juazeiro do Norte, Crato e Brejo Santo) para debater os serviços da maternidade de alto risco, que deve ser ofertado somente às gestantes com quadros graves.
O secretário-executivo Ernani Freitas ressalta que o São Vicente tem responsabilidade com a média e alta complexidade, recebendo um teto financeiro do SUS de um pouco mais de R$ 1,5 milhão. No entanto, o déficit de R$ 460 mil mensalmente, inclui gastos “extras” com urgência/emergência e com a obstetrícia/ maternidade. “Nas prateleiras, mais de R$ 1,4 milhão de cesarianas foram feitas e não pagas. Então, ou a verba pública é ampliada ao hospital, para contratar equipe médica 24 horas, ou os municípios devem realizar os partos “normais” em suas sedes, já que aqui é destinado somente para os casos de alto risco. Não dá para cada cidade ficar com a verba, sem repassá-la para cá”, comenta Freitas.
Considerando somente as 230 consultas clínicas diárias (sendo 150 do pronto-socorro adulto e 70 para o infantil), 80% delas são ligadas à rede pública de saúde. Da verba total, 20% das despesas se concentram na urgência e emergência, algo em torno de R$ 770 mil. Já dos R$ 460 mil de déficit, 50% (ou R$ 230 mil) corresponde a esses serviços.
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