Moradores realizam manifestação contra o esvaziamento do Açude Orós

Os moradores estão preocupados com o esvaziamento do reservatório. Foto: Honório Barbosa
Na cidade de Orós, na região Centro Sul do Estado, moradores e produtores rurais realizaram na manhã desta quarta-feira (16), manifestação contra o esvaziamento do reservatório que passou a liberar 16 metros cúbicos por segundo de água para atender a demanda do Baixo Jaguaribe e da região Metropolitana de Fortaleza, por meio do açude Castanhão, que atualmente encontra-se com apenas 5,46% da sua capacidade total.

De acordo com informações, o nível do açude Orós cai 4 cm a cada 24 horas. A população da região está preocupada porque o reservatório, que possui atualmente um volume de 17,9% da sua capacidade, está secando muito rápido, e a previsão da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos - Cogerh, é que até o final deste ano chegue a 10%.

Os manifestantes disseram que não são contra a liberação da água, mas reclamam da falta de apoio e de contrapartida do Governo do Estado. "Muitas comunidades vão ficar sem água e a perfuração de poço só é viável se houver instalação de dessalinizadores porque a água é salobra", disse Evanilson Saraiva, morador da comunidade de Barrocas, na bacia do Orós.

A operação que ampliou a quantidade de água liberada do açude começou em setembro passado com 10 m³/s e recentemente foi ampliada. Além da cidade de Orós, as águas do reservatório atendem demanda de criadores, agricultores no entorno da barragem, abastecendo dezenas de comunidades rurais, além de reabastecer o açude Lima Campos, na cidade de Icó. "A prioridade deveria ser o uso para consumo humano, mas ainda estão brigando por água para irrigação e criatórios de peixe e camarão no Baixo Jaguaribe", disse o integrante do Comitê da Bacia do Alto Jaguaribe, Paulo Landim.


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