Ceará será o primeiro estado com mutirão para reduzir superlotação nos presídios


Com quase 30 mil presos no sistema carcerário, o Ceará será o primeiro estado a realizar o mutirão do Ministério da Justiça. É a segunda maior taxa de ocupação, com mais de 300%. Cerca de 66% dos detentos ainda aguardam julgamento.

O mutirão deve acontecer em junho e vai ajudar a desafogar as penitenciárias.

A Defensoria Pública do Ceará alerta que o mutirão não vai beneficiar todos os presidiários. Serão analisadas as penas de quem cometeu crime de menor potencial. "É um mutirão de análise processual, cujo foco é garantir que fique dentro das unidades prisionais quem lá deve estar. As análises desses processos são dos presos que estão lá provisoriamente, que não tiveram sentença condenatória ainda, e que não respondem por crimes hediondos e nem equiparados", disse a defensora geral do Estado, Mariana Lobo.

Segundo os especialistas em violência, os presídios se transformaram em fábricas de criminosos. Presos de menor potencial encarcerados com os de maior acabam voltando após cometerem crimes cada vez mais graves. 

No país, a expectativa é que, até o fim do ano, sejam atendidos pelo menos 50 mil presos, o que representa cerca de 7% da população carcerária.

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