56 profissionais do Mais Médicos desistem do programa no Ceará

 (Foto: Fabio Lima)
Cinco meses após o fim do acordo de cooperação com Cuba, o Programa Mais Médicos está com dificuldades de garantir a permanência de profissionais nos municípios brasileiros.

Nos últimos três meses, mais de mil médicos desistiram das vagas de substituição em todo o País. No Ceará são 56 médicos, afetando 39 municípios.

As cidades de Iguatu, Tamboril e Santana do Acaraú foram as que registraram o maior número de médicos desistentes, três em cada.

De acordo com a presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará Cosems-CE),  Sayonara Cidade, os motivos alegados para desistência são diversos, desde reclamação do cumprimento de carga horária até saída para realização das residências médicas.

Sobre a desistência de profissionais brasileiros, o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, Edmar Fernandes, diz que o programa não oferece garantias de estabilidade, o que, segundo ele, justifica a saída desses profissionais. "O médico sabe que em três anos pode sair do programa e, em alguns casos, pode conseguir ficar mais seis anos, mas ele não tem garantias, então o rodízio é muito grande. O que a classe médica sempre pediu é que fosse uma carreira médica de Estado, e dessa forma o profissional poderia interagir com a população, crescer e a população sempre ter esses médicos como referência, principalmente os rincões", defende.


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