Nova mortandade de pescado põe fim a atividade no açude Castanhão


Mais uma mortandade de peixe atingiu gaiolas no Açude Castanhão, nesses dois últimos dias, pondo fim completamente à atividade de piscicultura no maior reservatório do Ceará. Há cinco meses, morreram 95% do pescado criado em tanques redes, em abril passado houve nova mortandade em torno de 2% do que restava.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Aquicultura e Pesca, Lívia Barreto, disse que agora morreram todos os pescados criados em gaiolas e até os nativos (soltos no açude). 

Ainda não há um levantamento sobre a quantidade de peixes mortos e de número de piscicultores atingidos. “A prioridade é retirar os peixes mortos e só depois vamos fazer o levantamento”, disse Lívia Barreto.

O impacto econômico para a cidade de Jaguaribara é enorme. Lojas fechadas, desemprego, grupo de piscicultores passando necessidade.

O clima é de tristeza e desespero entre os produtores. “Perdi tudo, não sobrou nada desse vez”, disse o piscicultor, Francisco Lima. “Não sabemos o que fazer de agora para frente”.

Há cinco meses que a gestão municipal vem se reunindo com o governo do Estado solicitando apoio: distribuição de cestas básicas para 200 famílias, amparo de uma renda mínima para 100 famílias e assistência técnica aos piscicultores. “Nada de concreto até agora foi realizado”, disse Lívia Barreto. “A situação é triste e muito preocupante”.

A chegada de água nova no Castanhão, por meio do Rio Jaguaribe, poluição da água, inversão térmica (água fria sobe levando matéria orgânica e reduzido o nível de oxigênio) são as causas de morte do pescado. 

Há cinco meses morreram 1694 toneladas de pescado, atingindo centenas de piscicultores. 


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