Crise do coronavírus: Ceará perde em dois meses R$ 1,4 bilhão em receitas


O Estado do Ceará deixou de arrecadar, nos meses de abril e maio, R$ 1 bilhão e 418 milhões. Os dados foram apresentados, nesta quinta-feira, pela Secretária da Fazenda, Fernanda Pacobahyba, ao participar de uma sessão, via remota, da Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa. A queda na arrecadação tributária é consequência da desaceleração econômica provocada pela pandemia do coronovírus.

Somente no mês de abril, a retração na receita de impostos chegou a R$ 340 milhões. Isso representou para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) uma queda na ordem de 26% na arrecadação.

Se, em abril, os dados deram uma sinalização negativa, os números de maio são ainda mais preocupantes, com perdas R$ 1,078 bilhão na receita do Tesouro Estadual, informou a titular da Fazenda.

Com relatórios técnicos em mãos, a Secretária da Fazenda revelou que a área de combustíveis teve a redução mais drástica na arrecadação, registrando uma queda de 61,76%, ficando, em segundo lugar, o comércio varejista -55,85%, em terceiro, a indústria (-41,21%).

Ao apresentar o Relatório Fiscal do Estado correspondente aos primeiros cinco meses de 2020, a Secretária da Fazenda falou, também, dos impactos nas despesas, principalmente, na área da saúde. De acordo com Fernanda Pacobahyba, nos cinco primeiros meses do ano, houve um aumento de gastos com saúde de R$ 342 milhões.

A secretária não escondeu o sentimento de indignação com os números que colocam o Estado do Ceará em último lugar per capita no ranking nacional do repasse de verba através do Projeto de Lei Complementar 149/19, do Governo Federal.


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