Em carta à PF, Bolsonaro diz que exerceu 'direito de ausência'

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em uma carta enviada nesta sexta-feira (28) à Polícia Federal que exerceu o "direito de ausência" ao não comparecer para prestar depoimento no inquérito que apura se ele vazou informações sigilosas durante uma transmissão ao vivo por rede social. 


Na declaração, o presidente diz ainda que prestou esclarecimentos que considerava pertinentes no processo. 
 

Bolsonaro decidiu não prestar o depoimento determinado por Moraes na quinta-feira (27). Durante o dia, o presidente foi aconselhado por ministros a faltar ao depoimento e apresentar um agravo ao plenário do STF. 

Leia abaixo a íntegra da carta enviada por Bolsonaro à Polícia Federal:

Declaração

Eu, Jair Messias Bolsonaro, Presidente da República, domiciliado no Palácio do Planalto, Brasília/DF, neste ato representado pela Advocacia-Geral da União, nos termos do artigo 22 da Lei nº 9.028/1995, venho, respeitosamente, informar à Autoridade de Polícia Federal responsável pela condução das investigações do IPL nº. 2021.0061542 que exercerei o direito de ausência quanto ao comparecimento à solenidade designada na Sede da Superintendência da PF para o corrente dia, às 14:00, tudo com suporte no quanto decidido pelo STF, no bojo das ADPF's nº 395 e 444.

Colho o ensejo de informar, em acréscimo, que colacionei, através de representação processual, em manifestação datada e protocolada em 26/01/2022, os esclarecimentos que reputava pertinentes levar ao conhecimento dessa Polícia Federal, para além do pleito de remessa dos autos ao PGR, por entender presentes elementos que permitem, desde logo, a adoção das providências contidas na parte final do art. 1º da Lei nº 8.038/90, ante a manifesta atipicidade do fato investigado.

Sem mais, renovo protestos de estima e consideração.

Brasília, 28 de janeiro de 2022
Jair Messias Bolsonaro
Presidente da República

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