Evento realizado durante o FestBerro, no município de Tauá, na região dos Inhamuns, no sábado (23), discutiu as condições climáticas para 2025 no Ceará. O encontro contou com a presença de estudiosos da climatologia e mais de mil produtores rurais de várias regiões do estado.
A reunião foi idealizada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, com o objetivo, segundo ele, de deixar bem instruídos os produtores rurais cearenses sobre o que esperar da próxima estação de chuvas.
O representante da Faec lembrou que, há poucos dias, a Funceme antecipou um prognóstico, prevendo que o período dezembro, janeiro e fevereiro tem 45% de probabilidade de ser abaixo da média histórica.
Um dos meteorologistas presentes ao evento, Antoniane Arantes, engenheiro agrícola e especialista em análise de dados climáticos da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) de Campinas (SP), informou que os estudos mostram que as expectativas para 2025 no Ceará é de um ano de La Niña, de normalidade, com chuvas acima da média.
Outro especialista, Ronaldo Coutinho, fundador da empresa de previsão meteorológica Climaterra e do Canal do Tempo, confirmou as previsões de Antoniane, em que "tudo está a indicar que haverá um bom período de chuvas para a agricultura cearense e nordestina, com chuva normal ou acima da média".
Por sua vez, o meteorologista Carlos Molion, divergiu sobre uma possível atuação do La Niña neste ano, como estão prevendo estudos norte-americanos, mas confirmou que a probabilidade é de chuvas acima da média em 2025 no Ceará. “As condições vão ser boas para 2025. A tendência para os próximos anos é de que não teremos secas nesse período. A seca mais impactante vai ser em 2034 e 2035, de acordo com os meus estudos”, disse.
(Redação: Luiz Vasconcelos - MTB 3715/CE)