Operação do Ministério Público investiga suposta fraude em contrato da Prefeitura de Iguatu envolvendo quase R$ 13 milhões


O Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e da 5ª Promotoria de Justiça de Iguatu, deflagrou, nesta sexta-feira (14), a Operação Vitrine, que apura suspeitas de desvio de recursos públicos em contratos da Prefeitura de Iguatu com a empresa SL Bezerra de Andrade, responsável por serviços de transporte escolar e fornecimento de merenda.

Com apoio da Polícia Civil, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura, na Secretaria Municipal da Educação e em endereços ligados à empresa e a ex-servidores, nos municípios de Iguatu, Icó e Juazeiro do Norte.

Foram alvos da operação Sâmia Letícia Bezerra de Andrade, proprietária formal da empresa; Elaine de Lavor Barbosa, sobrinha do ex-prefeito Ednaldo; e Raimundo Nonato Ferreira.

De acordo com o MP, os indícios apontam que o esquema teria iniciado ainda no ano passado, durante a gestão do ex-prefeito Ednaldo Lavor, e continuado já na administração do atual prefeito Roberto Filho. Apenas entre março e setembro deste ano, a Prefeitura pagou R$ 6.419.000,00 à empresa. Somando toda a execução contratual, os valores recebidos chegam a quase R$ 13 milhões, segundo o Portal da Transparência.

As investigações também indicam que a SL Bezerra não possuía estrutura compatível com o volume de serviços contratados. O MP suspeita ainda que Sâmia Letícia atuaria como“sócia-laranja”, já que seu perfil econômico não corresponde ao patrimônio declarado da empresa.

Documentos, computadores e celulares apreendidos vão subsidiar a análise do Gecoc. Os investigados podem responder por improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e dano ao erário.


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