Livro sobre a vida do bispo D. José Mauro é lançado em Iguatu




 Foi lançado na noite da última sexta-feira, 12, o livro "A Voz do Pastor Dom José Mauro Ramalho", de autoria da professora Maria do Socorro Pinheiro, que reúne um amplo estudo sobre a vida do bispo emérito da Diocese de Iguatu, Dom José Mauro.

A solenidade foi realizada no ginásio do Sesc deste município, às 20 horas. O bispo da Diocese de Iguatu, Dom João José Costa, esteve presente, além de vários sacerdotes das paróquias locais e da região, empresários, fiéis e amigos, além do cantor José Vicente, que apresentou dois números musicais de sua autoria. 

Durante a solenidade o bispo emérito Dom Mauro mostrou-se bastante satisfeito por mais uma tarefa cumprida durante todo o período da sua vida sacerdotal, uma idéia cogitada pelo próprio bispo e que foi confidenciada durante uma conversa com a professora e autora do livro, Maria do Socorro. "Agendei a visita. Nosso assunto era variado. Depois de alguns minutos de conversa, D. José Mauro comentou seu interesse em duas coisas: escrever um livro sobre sua vida e gravar suas músicas. Naquele momento me coloquei à disposição para ajudá-lo na escritura do livro", afirma a autora.

O bispo Dom João Costa, durante o seu discurso, enobreceu a trajetória do bispo emérito, pela sua vida de dedicação, de perseverança, conseguindo atravessar períodos de grandes agitações no oceano eclesial. "Quantas crises, quantos padres que deixaram o sacerdócio, e Dom Mauro teve de segurar. Esta fidelidade em Cristo como verdadeiro pastor, ele soube atravessar nos momentos de grandes agitações neste oceano eclesial. Mas Dom Mauro foi um pastor que realmente deu a sua vida pelo rebanho", disse Dom João, e emendou: "Gostaria de destacar um outro lado muito importante de Dom Mauro, como ele sabe ser amigo. É impressionante como ele sabe cativar e cultivar as amizades", finalizou.

A escritora e professora Maria do Socorro Pinheiro, durante a sua fala, agradeceu pelo apoio de todas as pessoas que ajudaram à concretização desse sonho, justificando que a história de dom José Mauro precisava ser registrada em livro, para mostrar à posteridade as suas ações, o seu trabalho social e pastoral. "Tomei a decisão de escrever a sua história. Deixei de lado meus devaneios, os personagens fictícios, e caminhei em busca do relato, da memória, diferentemente de tudo que já havia escrito antes. Tal narrativa, conta sobre uma história verdadeira. Não quis que um sonho me conduzisse, mas tão somente a minha consciência que apontava a responsabilidade e um trabalho que assumia naquele momento. Foi um exercício praticado com muito gosto. Fiz uma escolha, queria escrever sobre a sua história, Dom Mauro...ganhei a confiança, a amizade e o respeito, valores extremamente importantes para a minha vida. Vocês devem estar se perguntando como foi que isso aconteceu, mas conto, não fiz nada de extraordinário, e fiz o que tinha de ser feito", afirmou Socorro Pinheiro.

Como último a discursar, Dom Mauro falou da sua grande emoção, e afirmou não ter nenhuma vaidade quanto à realização da obra, mas que fica um sentimento de imensa gratidão por parte de sua pessoa, afinal tudo foi feito com muito carinho e precisão pela escritora, e isso era o suficiente para que fosse fixada uma lembrança mais aprofundada da sua história. "Eu olho essas coisas com toda a verdade, e não tenho nenhuma vaidade a respeito, eu fico é grato, porque a história precisa de aspectos da vida das pessoas, e não se pode construir história sem informação, e é claro que muitas informações aparecem na elaboração dessa obra, e aí aparecem pessoas por quem a gente tem sentimentos de gratidão pelo esforço que elas oferecem à normalidade da vida da gente", disse dom Mauro, que aproveitou a solenidade para agradecer a presença do seu médico cardiologista, o Dr. Antonio Augusto Guimarães, e também do promotor de justiça, o Dr. Herbert Gregório, que durante muito tempo prestou serviços neste município. Dom Mauro também aproveitou para apresentar os seus dons na arte da música, e acompanhou em acordes  de teclado uma composição sua, o hino tema da padroeira de Senhora Sant'Ana, cuja letra foi escrita pelo Bispo Dom José Doth.
 


Sobre a obra

O livro "A Voz do Pastor" focaliza aspectos sobre a vida e o trabalho do primeiro bispo de Iguatu, D. José Mauro Ramalho de Alarcon e Santiago. A história se inicia com a infância do menino Mauro, que nasceu na cidade de Russas, interior do Ceará, e que posteriormente viria se tornar sacerdote aos 23 anos de idade. A partir desse período foram necessários aproximadamente 13 anos para que o jovem pastor fosse chamado para uma nova missão, quando o papa João XXIII resolveu nomeá-lo bispo para a Diocese de Iguatu, fato que foi consumado às 16 horas do dia 06 de janeiro de 1962, na cidade de Aracati, vindo a assumir o posto de primeiro bispo da 5ª diocese do Ceará em 04 de fevereiro de 1962, neste município. Seguiu-se a partir daquele momento, em nosso meio, toda uma trajetória de um homem piedoso e com fecunda missão evangelizadora, que sempre demonstrou zêlo pelas coisas da igreja, de apelo à fraternidade e com grande preocupação com os mais necessitados, como bem expressa a síntese do seu lema episcopal: "Reple cordis íntima" - enchei o íntimo do coração.

Outros relatos da história de Dom Mauro são contados em aproximadamente 290 páginas, nos mínimos detalhes, inclusive com o testemunho de familiares, de amigos e pessoas que se dispuseram a buscar no mais íntimo da memória, lembranças de um tempo em que somente o cérebro humano poderia descrever.

Redação: Luiz F. de Vasconcelos


Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

3 Comentários

  1. PARABENS,D.MAURO!
    O SR. MERECE NÃO SÓ UMA HOMENAGEM COMO ESSA,MÁS TODO NOSSO CARINHO.
    DESEJO-LHE MUITOS ANOS,COM MUITA SAÚDE E PAZ.
    UM FORTE ABRAÇO.

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  2. Parabéns DOM MAURO! Lembro do senhor requerendo lá pro lado de Limoeiro, umas heranças...Quanto tempo não?

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  3. O nome do livro é " A voz do Pastor" e não "O bom Pastor".
    Favor corrigir.

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