Operação da PF atinge pessoas ligadas ao presidente do Senado

Eunício Oliveira fala à imprensa após suspender sessão do Congresso
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (10) a Operação Tira-Teima que atinge pessoas ligadas ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB). A ação é baseada na delação premiada de um ex-executivo da empresa Hypermarcas, que confessou ter repassado propinas para integrantes da cúpula do partido. Ao todo, estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Goiânia, Fortaleza e São Paulo. O parlamentar não é alvo das medidas.

De acordo com a delação do ex-diretor da Hypermarcas Nelson Mello, o presidente do Senado recebeu ajuda financeira de campanha quando disputou o governo do Ceará, em 2014. O ex-executivo disse que, em meio às eleições, o lobista Milton Lyra o avisou que seria procurado por um “portador de Eunício Oliveira” para ajudar financeiramente na campanha do emedebista.

O delator ainda relatou que, às vésperas das eleições de 2014, reuniu-se com o sobrinho de Eunício, Ricardo Augusto Lopes, responsável por administrar a empresa de segurança privada Confederal, pertencente ao presidente do Senado. Nesse encontro, ficou combinado que a Hypermarcas destinaria cinco milhões de reais à campanha do parlamentar. Uma parte desses recursos foi destinada a bancar ” despesas de empresas que prestavam serviços à campanha de Eunício Oliveira” por meio de “contratos fictícios”. As empresas Confirma Comunicação e Estratégia e Campos Centro de Estudos e Pesquisa de Opinião receberam 3,35 milhões de reais. O restante foi desembolsado pela Hypermarcas a partir de uma nota fiscal emitida no valor de 1,65 milhões de reais apresentada pela Confederal, de Eunício.

O presidente do Senado nega qualquer irregularidade. “Até este momento, nenhuma empresa ou pessoa ligada ao senador foi abordada pela Polícia Federal”, disse a assessoria de imprensa de Eunício Oliveira. (Fonte: Veja.com)


Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem