Os planos do governo para o transporte escolar, laboratórios de informática e creches podem perder recursos se forem confirmados cortes no Orçamento por causa da crise.A expectativa do MEC era colorir de amarelo os municípios com ônibus novos até o fim do ano. Mais de 1,6 mil pequenas cidades encomendaram veículos e 1,1 mil já são beneficiadas pelo programa que transporta 850 mil alunos na zona rural. Há duas semanas, quando ainda demonstrava otimismo diante dos efeitos da crise internacional na economia brasileira, o presidente Lula chamou o ministro da Educação, Fernando Haddad, e deu o seguinte recado: "Olha, Haddad, só vamos cortar dinheiro da educação em último caso".
Na semana passada, durante viagem com ministros, entre eles o da Educação, Lula estava mais introspectivo. O presidente, agora, sabe que terá de fazer uma "escolha de Sofia" e determinar as áreas a serem afetadas pelos cortes no Orçamento.
O ministro da educação Fernando Haddad prevê que, se houver redução da verba para a educação, atingirá os chamados programas estruturantes, que não fazem parte diretamente do custeio e do aprendizado básico. A lista dos programas ameaçados inclui o Pró-Infância, de creches, o Proinfo, de laboratórios de informática, o Mais Educação, que amplia o tempo na escola, e o projeto Caminho da Escola, que prevê a distribuição de ônibus para todos os municípios. Este último é o xodó do presidente. Foi de Lula a idéia de criar um ônibus amarelo para carregar os alunos, semelhante aos dos filmes americanos.
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