Coronelismo midiático

O coronelismo foi um sistema de poder político vigente na época da República Velha , caracterizado pelo enorme poder concentrado em mãos de um poderoso chefe local, geralmente um grande latifundiário, um fazendeiro ou um senhor de engenho próspero. Foi no Estado da Bahia, que segundo a história, onde os coronéis chegaram ao auge da influência.

Pois bem, a história mudou. O coronelismo ainda existe, mas de uma forma um tanto mudada, as propriedades e as terras passaram a não ser mais o fator que confere o poder, e sim os meios de comunicação de massa que passaram a exercer uma forte influência na mente das pessoas. Esse sim, é mais profissional, e se camufla de democrático, mas mantém internamente a roupa autoritária da truculência e a verborragia agressiva.

Surge então a figura do “Coronel eletrônico”, que não se utiliza mais de fraudes eleitorais ou voto de cabresto, a sua arma é a língua destilando venenos contra qualquer que ouse intrometer-se no seu caminho.

O coronel Urbano faz de tudo para se manter no poder, e começa muitas vezes alugando uma emissora de rádio, e lá colocando bonecos cuspidores de microfones para maquiar e procastinar a privacidade dos seus adversários políticos. Em outras vezes, o Coronel Eletrônico consegue por meios de influência nos bastidores do poder, de concessões de rádios com finalidades educativas, e desviam a sua utilidade, passando assim, a adotar esses serviços como instrumentos de manipulação de massas dentro do eixo e contexto político de uma oposição “perniciosa” e maquiavélica.

Como se não bastasse, o coronel eletrônico, ainda não se dá por satisfeito. Com um cargo público debaixo do braço, ele se sente o verdadeiro “Deus” onipotente e onipresente.Persegue os seus adversários políticos sem pena e nem dó, seja manipulando informações, confundido instituição com politicagem, retirando recursos estratégicos de áreas prioritárias, e tudo isso, adivinhem para quê? Ora simplesmente para tentar trucidar o velho adversário político que se encontra numa esfera de um poder qualquer.

O coronel urbano também, muitas vezes se traveste com aspectos de anão do nariz afinado, escamoteando nos bastidores do poder, o verdadeiro sentido do bem comum. Com a sua pequenez física e mental, ele não sabe discernir o que é ético ou não. Simplesmente o que lhe interessa é a satisfação do seu instinto primitivo do coronelismo safado.

Se vocês pensam que esse tipo de indivíduo so existem em grandes centro urbanos, mero engano. Ele está presente bem pertinho de nós, e muitas vezes passamos despercebidos.

Texto pensado e escrito pelo autor de Iguatunoticias.com

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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