O grupo criado na Câmara para discutir o projeto que veta a participação de políticos com ``ficha suja`` nas eleições decidiu ontem manter a inelegibilidade para políticos condenados em primeira instância -desde que a decisão tenha sido tomada por um colegiado de juízes. Apesar da pressão de muitos parlamentares para que só ficassem inelegíveis políticos condenados em última instância, o grupo de trabalho decidiu manter a ideia inicial do projeto.
"Todas as pessoas condenadas por um colegiado, não interessa a instância, não podem ser candidatas. Isso permite tomar mais cuidado para não judicializar a campanha, já que com um grupo de juízes é muito mais difícil ter perseguição política``, disse o deputado Índio da Costa (DEM-RJ), relator do projeto.
A solução, para o relator, permite a tramitação da matéria na Casa -já que muitos parlamentares temiam que a disputa política pudesse comprometer as candidaturas se o político fosse condenado em primeira instância por apenas um juiz.
Apresentado em setembro com 1,3 milhão de assinaturas, o projeto de iniciativa popular que estabelece a chamada ``ficha limpa`` também determina que os políticos devem ficar inelegíveis por até oito anos depois de cumprirem a pena estabelecida pela Justiça.
O Povo
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