Técnicos do MEC visitam escola de Iguatu para possível prêmio

A Escola de Ensino Fundamental Carlos de Gouvêa, nesta cidade, a única na região Centro-Sul a desenvolver um projeto de educação especial para alunos com deficiência auditiva e visual, vive a expectativa de seleção como finalista do prêmio "Experiências Educacionais Inclusivas: a escola aprendendo com as diferenças", promovido pelo Ministério da Educação (MEC).

De acordo com o regulamento do concurso, serão selecionadas 25 escolas finalistas, sendo cinco de cada região. Depois, serão escolhidas cinco premiadas, uma em cada região. Recentemente, a unidade recebeu a visita de técnicos membros da comissão de seleção do MEC.

O objetivo da visita dos técnicos do MEC foi observar e avaliar o nível de desenvolvimento da experiência inscrita para participar do prêmio. "Estamos na expectativa de que seremos um dos cinco finalistas da região Nordeste", disse Ana Neudsa Queiroz Moreno, coordenadora de Educação Especial do Município. A Escola em um projeto de educação inclusiva que é referência no Ceará.

O prédio mantém sua fachada original, construída há 70 anos. No interior, também foram preservados detalhes arquitetônicos e a estrutura das salas. Ao longo de sete décadas, algumas salas foram ampliadas e reformadas. A unidade é a mais antiga em funcionamento no Município. "É uma escola que tem uma história dedicação ao ensino de qualidade. Muitas gerações estudaram nesta escola", frisou o diretor, Gilson Souza. O antigo Grupo Escolar era referência e os filhos da classe média e alta passavam obrigatoriamente pelos bancos de madeira do então primário e ginásio. Na atual década, surge a transformação e a escola passa abrigar um projeto inédito de inclusão de alunos deficientes auditivos e visuais.

Neste ano, estão matriculados 349 alunos no ensino regular e 46 no específico. São 12 turmas até o 9º ano e duas do Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Há 42 com defiência auditiva, 23 com deficiência visualis e dez com deficiência mental.

Há uma equipe de professores treinados e preparos para o ensino da Linguagem de Sinais, a Libra, para os surdos, e de Braille para os cegos. Existem salas específicas e outras do ensino regular, onde os 349 alunos estudam com apoio de intérpretes de Libra. O projeto trouxe acessibilidade e está mudando a vida de centenas de crianças e de jovens. As parcerias com instituições públicas e privadas não cessam. E sempre há novidades. Neste ano, a unidade ganhou um estúdio para gravação de aulas em vídeo e áudio.

Diário do Nordeste
Honório Barbosa

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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