Depois de quase três horas de cirurgia, os médicos desistiram de retirar o tumor que provoca a hemorragia digestiva grave no vice-presidente José Alencar.
Segundo o médico Raul Cutait, a operação sofrida pelo vice-presidente no mês passado impediu que os médicos chegassem ao tumor.
"É o momento mais difícil pelo qual ele está passando, porque a doença começa a ficar mais agressiva e as possibilidades de tratamento mais cerceadas. Embora todos continuem lutando com extremo envolvimento, a gente percebe que a situação não está mais tão tranquila", disse o médico.
Cutait afirmou que o melhor neste momento é esperar o sangramento parar. Ele está internado na UTI.
"Ele foi operado há um mês e quando isso acontece as aderências dentro da cavidade abdominal são muito intensas. Elas impediram que a gente entrasse e chegasse ao tumor, que é o que nos parece que causa esse sangramento", explicou o médico.
Alencar foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, nesta quarta-feira (22), seis dias após ter recebido alta.
Cutait afirmou, que por conta do fracasso de hoje e da outra operação, Alencar não deve passar por uma nova cirurgia nos próximos meses.
De acordo com boletim do hospital, o paciente encontra-se em estado crítico, porém estável.
"O vice-presidente, desde ontem, apresentou sangramento extremamente intenso e grave. Percebemos que havia dificuldade desse sangramento se estancar espontaneamente. Ficamos em uma encruzilhada, entre aguardar que cessasse o sangramento ou então tentar heroicamente realizar uma nova cirurgia", disse o médico.
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