Foi assinado ontem pelo papa Bento XVI na Cidade do Vaticano, o decreto formalizando a condição de beata da freira baiana irmã Dulce (1914-1992). Com isso, foi declarada “Bem-aventurada Dulce dos Pobres”. A beatificação foi autorizada pelo chefe da Igreja Católica ao prefeito da Sagrada Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato.
A Arquidiocese de Salvador adiantou que a assinatura do sumo pontífice significa o encerramento do processo de beatificação de irmã Dulce, iniciado em 2000. A cerimônia religiosa que a oficializará como bem-aventurada deverá ocorrer numa missa ainda sem data definida. A previsão é de que aconteça no primeiro semestre de 2011.
O começo do processo de beatificação de irmã Dulce data de 17 de janeiro de 2000. No ano seguinte, foi divulgado um milagre e, em 2002, o processo levado para análise do Vaticano. Para que se proclamasse beata, uma extensa papelada foi encaminhada ao Vaticano, que fez o reconhecimento jurídico, em junho de 2003, sobre a veracidade do milagre atribuído à religiosa.
Em abril de 2009, a freira foi considerada venerável pela biografia. Isso, de acordo com a Igreja Católica, implica dizer que irmã Dulce teve uma vida de santidade.
A concessão do título de beato ou bem-aventurado é o reconhecimento de uma vida cristã em grau heroico. Com a concessão, o papa passa a permitir pela irmã Dulce uma devoção pública limitada, com a inclusão de seu nome no calendário das festas litúrgicas da Igreja Católica. A festa em devoção ao beato acontece ordinariamente no aniversário da sua morte, ocasião considerada como um nascimento para a vida eterna. Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992.
A beatificação é uma etapa no processo da canonização, quando o beato é declarado santo. Para a canonização é necessária a aprovação de um milagre adicional atribuído à intercessão do beato. No momento da canonização, o santo padre declara que o beato está entre os santos do céu e inscreve o nome da pessoa na lista oficial dos Santos da Igreja.
Entre os candidatos com biografia no Brasil à canonização está o padre espanhol José de Anchieta. Ele foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1980.
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