Pequim. Na visita da presidente Dilma Rousseff à China, o país asiático deu um passo adiante ao tratar da defesa do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). No comunicado conjunto assinado pelos dois países, a China se posicionou ao lado do Brasil ao assinalar que a representação das nações em desenvolvimento, naquele fórum, é agora uma "prioridade".
"A China atribui alta importância à influência e ao papel que o Brasil, como maior país em desenvolvimento do hemisfério ocidental, tem desempenhado nos assuntos regionais e internacionais, e compreende e apoia a aspiração brasileira de vir a desempenhar papel mais proeminente na ONU", diz um trecho do comunicado.
Embora a China já tenha declarado apoio à pretensão brasileira de ocupar um assento permanente, na prática tudo ficou na retórica. O país, membro permanente, não quer ajudar o Japão, com quem o Brasil se associa, ao lado da Índia e da Alemanha, o grupo do G-4.
Acordos
A presidente Dilma Rousseff e o presidente da China, Hu Jintao, reafirmaram, ontem, parcerias nas quais garantem a manutenção de um Comitê Conjunto de Defesa e uma série de acordos de cooperação na área tecnológica petroleira e aeronáutica, com destaque para a venda de 35 aviões da Embraer a empresas chinesas.
A construtora aeronáutico brasileira venderá 20 aviões do tipo E190 à empresa China Southern e outros 15 exemplares do mesmo modelo para a Hebei.
Southern e outros 15 exemplares do mesmo modelo para a Hebei, informou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.
Os valores da compra não foram revelados oficialmente, mas estima-se que o preço das aeronaves é de US$ 40 milhões, o que elevaria a negociação a US$ 1,4 bilhão.
A empresa de telefonia chinesa Huawei anunciou a decisão de construir um centro de pesquisas em Campinas (SP), com investimentos de entre US$ 300 e US$ 400 milhões. Dilma também indicou que a empresa Foxconn anunciou interesse em investir nos próximos cinco a seis anos US$ 12 bilhões na produção de aplicativos para telefonia móvel e informática, como telas para aparelhos celulares.
Desde que desembarcou em Pequim para sua primeira visita ao gigante asiático, Dilma Rousseff tem ressaltado que deseja inaugurar uma nova etapa nas relações e dar um salto qualitativo no modelo existente.
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