Brasília. Devido à prorrogação de restos a pagar do Orçamento de 2009, o governo suspenderá a liberação de novas emendas parlamentares até o fim de setembro, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, essa medida permitirá à União manter o corte de R$ 50,7 bilhões no Orçamento e assegurará o cumprimento das metas fiscais deste ano.
"A prorrogação (dos restos a pagar) não afeta o resultado fiscal do governo, que continuará implementando o corte de R$ 50 bilhões e cumprirá meta de superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública) acima de 3% ao ano", explicou.
Líderes governistas afirmaram que a prorrogação acalma os ânimos da base de apoio do governo no Congresso, mas não é suficiente para solucionar os problemas com seus aliados.
Governistas defendem a rápida liberação dos recursos para garantir fidelidade da base de apoio, especialmente na Câmara. "Essa decisão pacífica acalma a Câmara e o Senado, mas é importante que os procedimentos de liberação sejam implantados rapidamente. Se não, volta o problema", afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). "Toda paz é temporária e toda guerra é finita", afirmou, ao lembrar que não há compromisso da efetiva liberação dos recursos pelo governo.
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