Senador Pedro Simon recomenda a Dilma firmeza no combate à corrupção


O senador Pedro Simon (PMDB-RS) recomendou em Plenário, nesta sexta-feira, que a presidente da República, Dilma Rousseff, seja firme e conduza o processo que tomou conta das ruas contra a corrupção e a impunidade. Para reforçar o apelo, informou que cerca de 35% do Produto Interno Bruto (PIB) são desviados por atos corruptos no Brasil.

Para Simon, este é um momento diferente, uma vez que as pessoas estão indo às ruas por iniciativa própria, de forma apartidária, convocadas por meio de redes sociais, não por um líder.

Ele ressaltou que a marcha contra a corrupção, realizada na quarta-feira, durante as comemorações da Independência do Brasil, não teve objetivo de derrubar a presidente, mas de manifestar contrariedade com a corrupção e a impunidade no país. E disse discordar de declarações de que a manifestação seria um movimento de direita. Registrou ainda a ausência da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) nas manifestações acorridas em várias cidades do país.

– Esses jovens estão nas ruas, inclusive, e o PT não notou isso, com elogios à presidente Dilma, dando apoio à presidente Dilma, dizendo que o que querem é o fim da corrupção, é o fim da impunidade  –destacou.

Simon elogiou o apoio dado à marcha contra a corrupção por instituições como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Associação Brasileira de Imprensa (ABI). E disse acreditar que a marcha marcada para o dia 20 deste mês, no Rio de Janeiro, reunirá “uma imensidão de pessoas”.

Medidas concretas
Observou, no entanto, que apenas fazer marchas não significa que haverá mudanças no modo como os gestores lidam com os recursos públicos. Por isso, recomendou que o Congresso Nacional e a sociedade encontrem fórmulas concretas para evitar que a corrupção continue no país. Ele também pediu apoio da imprensa nesse sentido.

– Não deve ser apenas um trabalho contra a corrupção, contra a falta de ética e ficar por aí. Nós queremos encontrar fórmulas para evitar que isso se repita. Mais do que punir os que fizeram [atos de corrupção], a minha preocupação é que não se repita  – disse Simon, ao reafirmar também sua posição de que este não é o momento de se instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar e punir a corrupção no governo.


Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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