O Conselho militar que governa o Egito realizou uma reunião de emergência, neste domingo, para discutir violência e segurança para as eleições da próxima semana, depois que manifestantes e policiais entraram em confronto na Praça Tahrir, no Cairo, neste domingo. Os soldados atearam fogo em tendas erguidas por manifestantes acampados na Praça, onde policiais já haviam entrado em cena mais cedo para reprimir os protestos. Balas de borracha e bombas de gás foram usadas para tentar conter as centenas de manifestantes que permaneciam na região.
A manifestação ocorreu dois dias após o protesto que reuniu 50 mil pessoas na Praça Tahrir e desencadeou novos confrontos no Cairo e em outras cidades do Egito. Os manifestantes exigem mais velocidade na transição de poder para os civis, denunciam casos de repressão e tortura contra dissidentes, e questionam um projeto de Constituição que deixaria os militares isentos de controle civil. No Cairo, eles cantavam "liberdade, liberdade" e "queremos derrubar o regime".
Desde o início da nova onda de confrontos, duas pessoas morreram ao serem baleadas (um homem no Cairo e outro em Alexandria) e pelo menos 776 ficaram feridas, segundo o ministério da Saúde. De acordo jornalistas que estão no local, mais duas pessoas foram mortas neste domingo na Praça Tahrir. Uma delas seria Shehab el-Diun el-Dakroubi, de 28 anos.
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