Paralisação cancela 300 audiências no Ceará


Movimento nacional de juízes reivindica melhores condições de trabalho, reposição salarial e respeito à saúde

Juízes do Trabalho do Ceará realizaram, ontem, um dia de paralisação, aderindo ao movimento nacional da categoria. Por conta disso, cerca de 300 audiências deixaram de ser realizadas em todo Estado.

Os magistrados reivindicam melhores condições de trabalho e reposição salarial. O juiz Paulo Régis Botelho, presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho do Ceará, destaca que o objetivo é chamar atenção da população para o descumprimento do artigo 37 da Constituição Federal, que trata da revisão anual do subsídio.

De acordo com Botelho, a perda remuneratória dos últimos cinco anos soma quase 25%. Para agravar a situação, neste ano, a presidente da República, Dilma Rousseff, teria se recusado a dar seguimento protocolar ao orçamento Judiciário, que foi encaminhado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele denuncia ainda que a presidente teria orientado os parlamentares da base aliada do governo a não votarem nos projetos de lei que foram encaminhados pelo STF, que dizem respeito à garantia constitucional de recomposição dos subsídios da magistratura.

"O juiz, que reconhece todos os direitos das pessoas, também tem que cobrar e lutar pelos seus direitos. O ato é principalmente pelo cumprimento da constituição, esse é o mote maior", frisa Botelho.

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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