Pescadores da região Centro-Sul reclamam no atraso do Seguro Desemprego

O benefício que deveria garantir o sustento dos pescadores durante o período de defeso de piracema de determinadas espécies de peixe não está sendo pago. Nas colônias de pescadores e associações comunitárias na região Centro-Sul, a reclamação é geral por conta do atraso.

De acordo com o presidente da Associação de Moradores da comunidade de Barrocas, Evanilson Saraiva, a situação dos pescadores é de preocupação, pois sem trabalho e renda durante três meses, já começa ocorrer dificuldades para compra de alimentos e manutenção das necessidades básicas. "No ano passado, em abril já havia sido liberada pelo menos uma parcela" ressalta.

Outro que reclama da situação é o presidente da Associação dos Pescadores de Quixelô, Zacarias Aires de Lima. Segundo ele, até o presente momento o governo não liberou nenhuma parcela do benefício. "Trabalhamos em conjunto com os pescadores de Acopiara e até agora não saiu nada. Estão digitando as nossas declarações, mas parece que ainda não terminaram e a situação está ficando difícil porque os pescadores não podem trabalhar", disse. 

O técnico do Instituto do Desenvolvimento do Trabalho (IDT) - órgão responsável pela operacionalização do benefício - José Pereira de Oliveira Neto, esclarece que os técnicos do órgão estão em campo coletando as declarações dos pescadores e fazendo as habilitações dos inscritos no programa. "No Ceará, cerca de 70% dos pescadores já estão habilitados", frisou o técnico.

Para ter direito ao benefício, o pescador precisa apresentar carteira da Secretaria Especial de Pesca, declaração da Colônia de Pescadores, cadastro do INSS que comprove o exercício da profissão e pelo menos um ano de atividade no ano anterior. Além disso, o pescador deve ter a pesca como atividade principal de fonte de renda. O Seguro Desemprego prevê a liberação de três parcelas no valor de um salário mínimo, que atualmente é de R$ 622,00. (As informações são do jornal Diário do Nordeste)