O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que vai assumir a liderança do partido a partir de fevereiro, afirmou nesta quinta-feira (17) que o lançamento de candidaturas avulsas à presidência do Senado conferem legitimidade à escolha.
O futuro líder do PMDB (que tem a maior bancada da Casa, com 20 dos 81 senadores), rejeitou a acusação de que a eleição de Renan Calheiros seria um "voto de cabresto", como foi levantada em manifesto divulgado pelo senador do PDT Cristovam Buarque (DF) na terça-feira (15). "Você acha que numa eleição secreta haja voto de cabresto?", questiona. "Quem tem voto, metade mais um, é vitorioso", sentencia.
Para Eunício Oliveira, não há um "fato novo" que possa desabonar a volta de Renan Calheiros ao comando do Congresso. Ele descartou qualquer possibilidade de crise com o retorno do aliado. "Não tem fato novo, absolutamente nada. Se tiver um fato novo, tudo bem, aí é diferente", disse. "Os fatos do passado são conhecidos e Renan foi julgado e absolvido por eles", completou.
Questionado sobre o fato de Renan Calheiros ainda ser alvo de investigação criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) pelas acusações que quase o levaram à cassação em 2007, como a de ter despesas pessoais pagas por um lobista de uma empreiteira, Eunício Oliveira disse que no Brasil se há uma percepção de que todo mundo que responde a "inquérito é bandido". "Ninguém espera o julgamento. Basta abrir o inquérito", criticou.
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