Três temas são prioridades para a maioria dos novos gestores municipais que assumiram seus cargos no último dia 1º, na região Centro-Sul do Ceará: Saúde, Educação e geração de emprego e renda. Outro assunto que preocupa os prefeitos, embora a solução esteja na esfera do Estado, é o crescimento da onda de violência nos municípios do interior.
Os novos prefeitos enfrentam adversidades causadas pela seca e por perda de receitas municipais em decorrência da desoneração de impostos pelo governo federal. "Há muitos desafios e dificuldades a serem enfrentadas", observa o economista Antonio Pereira. "Creio que nestes primeiros meses os novos gestores devem procurar conhecer a máquina, fazer levantamento das receitas e despesas, e um planejamento das ações futuras, evitando gastos elevados para querer mostrar serviço".
Cada município tem suas peculiaridades. Em Iguatu, o maior da região Centro-Sul, o prefeito Aderilo Alcântara dará continuidade ao projeto administrativo do antecessor, Agenor Neto, que governou nos últimos anos. "Já temos um caminho definido a seguir, que tem por base o projeto Cidade do Futuro, que já está em andamento", frisou. "É um conjunto de obras de infraestrutura, atração de investimentos externos e de serviços públicos em todas as áreas".
Emergência do Hospital Regional de Iguatu. Melhorar serviço de saúde é desafio para o novo gestor deste município, Aderilo Alcântara. Foto: Honório Barbosa
O novo prefeito de Iguatu de imediato assumiu o compromisso de concluir obras em andamento de três novas avenidas estruturantes, do Centro de Convenções, de três escolas do padrão do Ministério da Educação (MEC), de cinco creches e de inaugurar a rodoviária, que foi ampliada e reformada, e o moderno abatedouro público.
Um dos setores destacados por Alcântara foi o da Agricultura. "Há um crise enorme com esta seca que assola o sertão cearense, mas temos um projeto para apoiar o agricultor e ampliar a produção de leite, de carne bovina e de frutas. Ao final da minha gestão, quero que Iguatu seja um polo produtor agropecuário de destaque no estado", disse. "O nosso esforço será para implantar uma unidade da Embrapa, em parceria com o Instituto Federal de Educação para realização de pesquisa no setor de gado leiteiro".
Alcântara frisou ainda o compromisso em melhorar o atendimento de saúde e em especial o serviço de emergência do Hospital Regional de Iguatu. "Vamos concluir a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e implantar o Hospital da Mulher e da Criança", anunciou. No setor de Educação, anunciou a implantação de escolas de tempo integral, e a luta pela instalação de um campus da Universidade Federal do Ceará. "Precisamos crescer na oferta de ensino superior".
Na área de saneamento, a cidade de Iguatu enfrenta dois graves problemas: a falta de tratamento de esgoto e a permanência de uma rampa de lixo, nas margens da Rodovia CE-282, no bairro Chapadinha. O novo prefeito tem pela frente esse desafio. Um aterro sanitário chegou a ser construído, mas está embargado pela justiça. "Vamos analisar essa questão e trabalhar para eliminar o lixão", disse Alcântara. "Com relação ao saneamento temos uma emenda parlamentar apresentada pelo senador Eunício Oliveira no valor de R$ 55 milhões e devemos iniciar o projeto ainda neste ano", afirmou.
(Fonte: Diário do Nordeste)