Cerca de 500 agricultores, sindicalistas, representantes de movimentos sociais e servidores públicos realizaram, hoje, pela manhã, em Icó, município localizado na região Centro-Sul, a tradicional manifestação de 1º de Maio. O ato público marcou o Dia do Trabalhador.
Os líderes apresentaram reivindicações ao governo do Estado e à Prefeitura: distribuição de água por meio de carro-pipa, maior oferta de milho do programa Venda Balcão da Conab e construção de cisternas de placas.
O ato público é promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Icó há 33 anos em parceria com outras entidades sindicais. Neste ano, as principais reivindicações dos trabalhadores rurais estão relacionadas com a seca que castiga o sertão desde 2012.
“A seca é uma preocupação de todos nós”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Icó, Lourival Teixeira. “O governo precisa apressar a liberação de recursos e o apoio às vítimas da estiagem com ações concretas”.
Após concentração em frente ao sindicato, onde foi servido um café da manhã comunitário os manifestantes percorreram algumas ruas do centro histórico, tombado pelo Iphan. O grupo passou em frente à sede da Câmara de Vereadores e da Prefeitura, onde foram feitos rápidos pronunciamentos.
O ato terminou em frente à Igreja de São José, com a bênção do padre José Augusto e pronunciamento das lideranças comunitárias e sindicais.
Teixeira disse que a seca tem provocado perda da lavoura de milho e de feijão. “Quem plantou perdeu tudo, mas a maioria sequer conseguiu fazer o cultivo dos grãos neste ano”, disse. “No ano passado o prejuízo com a seca chegou a 80%”. A situação é muito preocupante e em muitas localidades falta água e pastagem para o gado. (Diário Centro Sul)
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