A holandesa SBM Offshore NV, a maior fornecedora mundial de plataformas flutuantes para exploração de petróleo, e que tem entre seus clientes a Petrobras (PETR3; PETR4), está sob investigação de autoridades da Holanda, Inglaterra e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, conforme apurou o Valor.
As denúncias se tornaram públicas a partir da publicação de um ex-funcionário da SBM no Wikipedia no ano passado, e incluem supostos pagamentos de suborno a empresas, privadas e estatais, e autoridades na Guiné Equatorial, Angola, Malásia, Cazaquistão, Itália, Iraque e Brasil.
No Brasil, os pagamentos teriam sido feitos pelo representante comercial da SBM, Julio Faerman, a empresas ligadas a ele. Segundo um ex-funcionário da SBM, das comissões de 3%, 1% teriam sido pagas ao próprio Julio e suas empresas e 2% a funcionários da Petrobras. Entre 2005 e 2011, a SBM pagou US$ 250 milhões em subornos, dos quais mais da metade, precisamente US$ 139 milhões, teriam sido desembolsados por meio de "comissões" a intermediários e a funcionários da Petrobras para obter contratos com a estatal.
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