Petrobras: Propina no fundo do mar

Em 10 de abril de 2012, a empresa holandesa SBM Offshore, a maior fabricante de plataformas marítimas de exploração de petróleo do mundo, iniciou uma investigação interna para apurar denúncias de que funcionários de suas subsidiárias pelo mundo corrompiam autoridades para conseguir contratos com governos e empresas privadas, entre 2007 e 2011. Há duas semanas, as conclusões da investigação foram publicadas na Wikipedia. O s documentos mostram que houve pagamentos de propina em Guiné Equatorial, Angola, Malásia, Itália,Cazaquistão, Iraque e no Brasil.

No Brasil, funcionários da Petrobrás teriam recebido US$ 30 milhões de propinas para favorecer contratos com a companhia holandesa. Os documentos foram divulgados por Jonathan Taylor, ex-funcionário do escritório da SBM em Mônaco. Ele tentou chantagear os holandeses e foi repelido, mas a SBM confirma a autenticidade dos documentos.

Cópias das provas das propinas foram enviadas ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos e para o Ministério Público da Holanda.

No Brasil, a roubalheira foi comandada por Júlio Faerman, lobista do setor e dono da Faercom e Oildrive. Ele assinava contratos de consultoria com a SBM. No que conseguia com a Petrobrás, recebia 1% e pagava 2% de propina. Minutas confidenciais da Petrobrás e e-mails com o engenheiro chefe da estatal, José Figueiredo, homem do ex-presidente José Gabrilli, foram divulgados. Em maio ele foi promovido a diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais, além de membro do Conselho de Administração.

A Petrobrás tem 20 contratos com a SBM, no valor total de R$ 9 bilhões.

Confira a reportagem da Revista Veja, edição de 15/02/2014

Por Fernanda Allegretti

...



Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem