O brutal assassinato de uma jovem de 21 anos, na cidade de Acopiara, Região Centro-Sul do estado (a 340Km de Fortaleza), pode estar próximo de ser esclarecido. Por determinação da cúpula da Polícia Civil, um delegado de outra região foi nomeado para conduzir as investigações. As principais suspeitas recaem sobre um casal de policiais, que, supostamente, seriam os mandantes da execução sumária.
Karina Firmino, mãe de um bebê de apenas 8 meses de vida, chegava em casa na noite do último dia 4 quando foi atacada por dois pistoleiros. Sem chances de defesa, foi atingida por, pelo menos, quatro tiros de pistola à queima-roupa e morreu horas depois no Hospital Regional de Iguatu. Os assassinos fugiram sem nada levar da vítima, o que afasta a hipótese de um crime de latrocínio (roubo ou tentativa seguido de morte).
O diretor do Departamento de Polícia do Interior Sul (DPI/Sul), Jocel Bezerra Dantas, esteve na cidade de Iguatu há poucos dias e revelou que “existe a suspeita de participação de policiais no crime e queremos que a investigação seja bem transparente. Não queremos qualquer problema que venha a atrapalhar a apuração. E foi por isto que trouxemos um delegado de fora, que atuasse em outro Município, para presidir o inquérito, já que é fato a suspeita de participação de pessoas ligadas à Polícia”, destacou.
O delegado Cícero Geovane, do Núcleo de Homicídios da Delegacia Regional de Polícia Civil de Juazeiro do Norte.
Casal suspeito
Os suspeitos de terem ordenado a morte de Karina são um soldado da Polícia Militar, destacado em Acopiara (e sobrinho do prefeito local) e uma escrivã da Polícia Civil lotada na própria delegacia daquele Município. Os dois são casados, têm filhos e tinham uma vida conjugal harmoniosa, até que o PM se envolveu num caso com a vítima e esta engravidou.
Karina passou a sofrer ameaças e tentava se afastar do militar. Mas, no dia do crime, recebeu, pelo menos, 11 ligações do militar em seu celular, chamando-a para um encontro às escondidas atrás de um posto de combustíveis, no Centro de Acopiara. Ela acabou indo.
Após o encontro, a garota foi ao encontro de uma amiga e as duas conversavam enquanto faziam um lanche quando foram encaradas pelos pistoleiros. Depois de se despedirem, foram para suas casas.
Karina pilotava sua motocicleta e, ao parar o veículo na porta de casa, foi surpreendida pela emboscada dos pistoleiros.
Por FERNANDO RIBEIRO
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