Médicos suspendem cirurgias cardíacas pelo SUS em três hospitais de Fortaleza


Por falta de pagamento e condições de trabalho, a Cooperativa dos Médicos Cirurgiões Cardiovasculares e Torácicos do Ceará (Coopcardio) suspendeu as cirurgias cardíacas realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos hospitais Prontocárdio, Batista Memorial e Antônio Prudente. O contrato com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) estabelece a disponibilização de médicos ainda para o Hospital de Messejana, onde os cirurgiões cooperados podem paralisar as atividades a partir do dia 1º de março.

A dívida acumulada é de R$ 1 milhão, de acordo com a médica Bianca Pinho Sequier, presidente da Coopcardio. "Passou janeiro, fevereiro está terminando e ainda não recebemos nada. Fica difícil obrigar as pessoas a trabalharem, não tenho como colocar o cooperado em um plantão sem saber quando a secretaria vai nos pagar", diz.

Além do atraso dos meses de novembro, dezembro e janeiro, Bianca cita o não pagamento complementar de 45 cirurgias realizadas nos três hospitais da Capital, entre os dias 20 de novembro e 20 de dezembro passado. "Não é só pela falta de pagamento, é também pelas condições de trabalho. O profissional, que acompanha os pacientes até o pós-operatório, se sente completamente desrespeitado", explica a presidente da Coopcardio.

Ao todo, cerca de 500 cirurgias cardíacas são realizadas por ano pelo SUS nos três hospitais citados, conforme a cooperativa. Para eles, são disponibilizados 14 cirurgiões, enquanto no HM atuam cerca de 40 médicos por meio da Coopcardio.


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