Conforme as investigações, foram descobertos 24.232 servidores públicos no Ceará que podem já ter embolsado pelo menos a primeira das três parcelas de R$ 600. O montante sacado de forma irregular chega a R$ 16,5 milhões. Alguns servidores podem até já ter realizado o saque da segunda parcela. O rastreamento da CGU considera os pagamentos acumulados até 31 de maio deste ano.
A análise abrangeu servidores da ativa, inativos e pensionistas estaduais e municipais. Apenas três cidades não tiveram servidores identificados no levantamento: Campos Sales, Hidrolândia e Jardim.
Segundo as investigações, nem todos estariam citados com o crivo de má-fé. A Controladoria e o Tribunal de Contas admitem que possam constar na lista agentes públicos inseridos no Cadastro Único das pessoas assistidas em programas sociais.
Apesar da ressalva, o dinheiro do auxílio que saiu para quem não deveria ter recebido será cobrado de volta. A estimativa da CGU e TCE é que o reembolso do dinheiro federal e a regularização pelos gestores aconteçam em até quatro semanas. Há em andamento uma outra investigação da CGU, conduzida pela direção geral do órgão em Brasília, para tentar identificar também servidores federais pelo País que tenham sido contemplados indevidamente com o auxílio.
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