Mesmo sob decreto de isolamento rígido, lojas abrem as portas e ambulantes ficam nas ruas em cidades do Cariri e Centro Sul


Apesar do cenário preocupante, por conta do aumento de casos da Covid-19 e a superlotação de leitos, lojistas e ambulantes de algumas das principais cidades do cariri e Centro Sul do Estado seguem mantendo suas portas abertas, recebendo clientes de forma irregular.

O Ceará está sob decreto de isolamento social, permitindo apenas as atividades consideradas essenciais. Apesar disso, o descumprimento das medidas tem sido facilmente flagrada em cidades como Iguatu e o Crato. Entre os estabelecimentos que descumprem as ordens das autoridades estão lojas de eletrônicos, assim como camelôs e feirantes.

Nesta quarta-feira (24), segundo dados da plataforma IntegraSUS, a macrorregião de Saúde do Cariri, que compõe 45 municípios, apresentava 94,4% de seus leitos de UTI ocupados. Ao todo, a região soma 144 vagas.

Mesmo com a situação considerada grave, na cidade do Crato algumas lojas de materiais diversos permanecem com suas portas abertas. Na área central da cidade também não faltam camelôs e vendedores de lanches nas calçadas e nas praças.

Na cidade de Iguatu, mediante fiscalização, a maioria das lojas no Centro comercial cumpre as medidas de isolamento social rígido e permanecem fechadas. Entretanto, os camelôs continuam com pequenas bancas em calçadas da área do centro comercial, além dos vendedores de frutas e verduras que permanecem em suas barracas no entorno do mercado público.

Apesar de estarem conscientes do descumprimento da lei, esses comerciantes argumentam que não há outra forma de renda e, sendo assim, é preciso estar diariamente buscando uma maneira de ganhar o sustento de suas famílias.

O presidente da CDL de Iguatu, José Mota Luciano, disse que as empresas vivem momento crítico com empresários ansiosos e deprimidos com medo de falência, caso o lockdown continue por mais tempo. Ele criticou as medidas rígidas em cidades do interior. "Não acreditamos que nas lojas , com pouca gente, possa ocorrer a transmissão do vírus e as cidades pequenas não têm transporte coletivo e nem indústrias com centenas de operários", disse.

Outro representante de entidade que discorda do prolongamento do decreto de isolamento rígido é o presidente da Sindilojas, Tadeu Rolim. Ele defende medidas de isolamento diferenciadas entre Fortaleza e pequenas cidade do interior. "não se pode dar um tratamento igual a uma capital e um pequeno centro urbano, composto, muitas vezes por apenas duas ou três ruas compondo o centro comercial", disse. 

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