Empresários cearenses do setor de serviços que aderiram ao Mais Emprego Ceará reclamam no atraso do repasse das parcelas da contrapartida do programa. Criado há quatro meses, com a promessa de gerar, pelo menos, 20 mil vagas de empregos formais no mercado, a iniciativa do governo tem sido alvo de críticas por conta no atraso do repasse das parcelas. Muitos, até agora, não receberam nenhuma previsão de quando o crédito será efetuado.
O governo do Estado se defende e diz que os repasses já foram autorizados desde a semana passada, e que, inclusive, parte dos empresários já teve seus créditos depositados nas contas. O programa é executado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), que justifica alguns atrasos a entraves burocráticos da instituição financeira que executa os pagamentos.
O empresário do setor de bares e restaurantes, Gustavo Linhares, disse que inicialmente achava que a medida do governo iria dar muito fôlego para a retomada do emprego, no entanto, ressalta ele, por conta no atraso dos repasses, houve parada nas novas contratações.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes - Abrasel/CE, Taiene Righetto, afirma que, no setor, o programa, criado para ajudar, acabou virando uma dor de cabeça. "Muitos empresários anteciparam as contratações por conta do programa, só que agora a gente está tendo que pagar ao colaborador de forma integral. Jão são dois meses em folha", destaca.