Aliados do prefeito cassado de Iguatu, Ednaldo Lavor, comemoram afirmação do gestor, que diz que vai conseguir liminar em Brasília com a ministra Cármen Lúcia para retornar ao cargo


Os últimos desdobramentos políticos em Iguatu, envolvendo, inclusive um prefeito cassado, têm causado revolta e indignação na população, principalmente nas pessoas mais pobres que vivem padecendo, por falta de remédios e médicos nos postos de saúde; nas filas por cirurgias eletivas e traumatológicas; sem atendimento digno e humano no Hospital Regional. 

Falta desde o insumo até o pagamento de servidores que prestam serviço na saúde pública municipal, com atrasos salariais já chegando a três meses. Um verdadeiro escárnio contra a sociedade. O dinheiro que deveria estar indo para financiar uma saúde pública de qualidade pode estar sendo canalizado para as torneiras da corrupção, servindo, por exemplo, até para acordos políticos espúrios na calada da noite.

E, mesmo diante de tantos descalabros, aliados do prefeito cassado, Ednaldo Lavor (PSD), comemoram nas redes sociais e em emissoras de rádio o julgamento de uma liminar em Brasília, que, segundo eles, deve ocorrer na próxima quarta-feira (7), revertendo uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral, que cassou a chapa eleita em 2020, por corrupção eleitoral e outras mazelas políticas.

Correligionários do prefeito cassado alegam que seguem a mesma linha de pensamento de Ednaldo, que tem afirmado que vai conseguir a liminar em Brasília com a ministra do TSE, Cármen Lúcia, para retornar ao cargo. Um dos mais lidos blogs do Ceará, do jornalista Roberto Moreira, em publicação na semana passada, chegou a anunciar que nas próximas horas sairia essa decisão.

Vale ressaltar que, a ministra Cármen Lúcia - nomeada em 2006 para ocupar uma das vagas na Suprema Corte do País, tem um histórico de conduta ilibada em todas as decisões proferidas, tanto no âmbito do STF como também do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com certeza a magistrada jamais se submeteria a proferir decisões que não estivessem fundamentadas na própria Lei Eleitoral e na Constituição vigente.

O fato é que, da forma como os correligionários do prefeito cassado vêm divulgando, dificilmente essa liminar sairá a favor do seu chefe político, em Brasília. Principalmente pelo histórico recente, quando os dois políticos (prefeito e vice) foram derrotados por 6 a 1, no primeiro julgamento do Tribunal Regional Eleitoral e, em seguida, mais duas derrotas por meio de embargos de declaração e recurso especial, ambos na mesma corte eleitoral.

 

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