Uma semana com forte expectativa nos bastidores da política cearense: o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma, nesta quarta-feira (26), o julgamento dos recursos apresentados pelos quatro deputados estaduais do PL que tiveram seus mandatos cassados por fraude à cota de gênero nas eleições de 2022 para a Assembleia Legislativa do Ceará.
Lideranças estaduais do PL estão na expectativa de adiamento da votação dos recursos. A cassação envolve denúncias de candidaturas femininas fictícias — usadas apenas para preencher a exigência legal de participação mínima de mulheres nas chapas proporcionais.
A decisão do TSE poderá provocar uma reviravolta na composição da Assembleia, já que, se a cassação for mantida, os parlamentares Alcides Fernandes, Carmelo Neto, Dra. Silvana e Marta Gonçalves perderão imediatamente os mandatos, abrindo espaço para uma redistribuição das vagas entre outros partidos.
Na prática, isso significaria a extinção da bancada do PL, hoje uma das mais expressivas vozes da oposição ao governo estadual. Além do impacto na atual legislatura, o julgamento tem peso direto sobre o cenário eleitoral de 2026.
Um dos parlamentares afetados, Pastor Alcides, é apontado como pré-candidato ao Senado e considerado peça-chave na articulação da direita cearense. Caso a Corte confirme a cassação, Alcides poderá enfrentar suspensão de direitos políticos, o que o tornaria inelegível no próximo pleito — um revés significativo para o PL no estado.
