COI decide investigar João Havelange após denúncias da imprensa britânica

A decisão de abrir a investigação foi tomada depois de a emissora britânica BBC colocar no ar um programa que apontava para a suspeita de que Havelange e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, seu ex-genro, teriam recebido suborno na década de 1990 da ISL, empresa de marketing ligada à Fifa.

Segundo as denúncias, Teixeira e Havelange teriam recebido propina de R$ 15,1 milhões (US$ 9,5 milhões), e o dinheiro teria sido pago à Sanud, uma empresa estabelecida no Liechtenstein, paraíso fiscal usado para sonegar impostos ou esconder dinheiro sujo.

A ISL teria pagado propina em troca de vantagens em contratos com a Fifa. A Sanud, que recebeu a propina, é sócia de Ricardo Teixeira em uma empresa, de nome RLJ, que tem sede em um edifício na avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, mesmo endereço dos escritórios de Havelange.

O presidente do COI, Jacques Rogge, confirmou a abertura das investigações. Havelange é o membro mais antigo do COI, desde 1963 - antes mesmo de assumir a presidência da Fifa, cargo que ocupou de 1974 a 1998. Ele foi um dos principais incentivadores da campanha do Rio para receber a Olimpíada de 2016.

A Fifa inocentou Ricardo Teixeira de outra acusação: ele teria pedido propina para votar na Inglaterra como sede da Copa de 2018, mas não foi atendido. Ele votou na candidatura conjunta de Portugal e Espanha, mas foi a Rússia que venceu a eleição. Havelange não chegou a ser mencionado nas denúncias da Fifa, entidade da qual hoje é presidente de honra.

Fonte: R7

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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