Violência na Síria segue mesmo com visita de observadores internacionais


A violência na Síria persiste mesmo com a visita de observadores internacionais da Liga Árabe.

Nesta quinta-feira, ativistas denunciaram a morte de mais vinte e uma pessoas.

De acordo com a oposição, as vítimas foram mortas por tropas do exército. Na cidade de Duma, que fica perto da capital Damasco, manifestantes afirmam que militares atiraram contra uma multidão concentrada na frente de uma mesquita.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, o ataque coincidiu com a chegada dos diplomatas à região.

A entidade, sediada em Londres, ainda informou que mais civis foram baleados em Arbin e Kiswah outros municípios próximos à capital.

Os partidos de oposição ao ditador Bashar Al-Assad asseguram que mais de 70 civis perderam a vida, em repressões das forças de segurança, desde a chegada dos observadores ao país, na segunda-feira.

Mais cedo, os emissários da Liga Árabe foram pressionados pela população a tomar uma atitude enérgica contra a violência.

A oposição passou a criticar a visita depois que o chefe da delegação árabe, Mustafa al-Dab, declarou não ter visto "nada de assustador" em Homs, onde a repressão contra os protestos foi mais sangrenta.

Revoltados, alguns moradores da cidade puseram o corpo de um menino de cinco anos no capô do carro, usado pelos observadores.

Segundo os civis, a criança foi morta num ataque do exército.

A ONU estima que cinco mil pessoas morreram na Síria, desde o início dos protestos, em março.

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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