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Em março de 2015, lideranças políticas e comunitárias, estudantes e a sociedade civil organizada foram às ruas reivindicar os cursos de medicina para Iguatu - Foto: Luiz Vasconcelos |
Um relatório publicado pelo Ministério da Educação (MEC), e obtido com exclusividade pela reportagem do site iguatunoticias, aponta que a Prefeitura de Iguatu não cumpriu com as exigências contidas no Edital (02/2017) de Chamamento Público para implantação de curso de graduação em Medicina por instituições de educação superior privada.
No Ceará, concorreram quatro município, três deles foram aprovados: Canindé, Itapipoca e Quixadá. Iguatu obteve resultado insatisfatório.
Conforme o que foi apontado pelo MEC, dentre os vários requisitos exigidos para a aprovação do curso na cidade de Iguatu, alguns pontos não foram atendidos, tais como:
- Falta de três programas de Residência Médica nas especialidades prioritárias, preferencialmente em Medicina Geral de Família e Comunidade;
- Falta de 80 leitos no SUS, exclusivos para o curso de medicina;
- Falta de Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
- Falta de estrutura básica, tais como falta de rede de gases nas enfermarias; falta de estrutura no serviço de emergência ; falta de climatização nas enfermarias.
- Falta de MÉDICOS ESPECIALISTAS com residência médica no Hospital Regional.
Os técnicos do Ministério da Educação, em suas ponderações, também apontaram alguns pontos positivos no Hospital Regional, como o Centro de Parto Normal, obra construída e equipada na gestão do ex-prefeito Aderilo Alcântara.
Consta no parecer final do relatório, elaborado pelos técnicos Ricardo Shoiti Komatsu e Maria da Penha Zago Gomes, durante visita a Iguatu no período de 5 e 6 de fevereiro de 2018, a seguinte redação:
“Embora a rede de serviços básicos de saúde de Iguatu possa ser reorganizada e aprimorada para receber estudantes de medicina, o Hospital Regional de Iguatu encontra-se num patamar muito aquém do esperado para um hospital que possa receber adequadamente estudantes de medicina e desenvolver programas de residência médica, impossibilitando no momento a implementação de um curso de medicina em Iguatu. Os avaliadores concluíram, após visita in loco, que o município de Iguatu, no Ceará, não atende aos requisitos dispostos no Edital 2/2017/SERES/MEC, e portanto NÃO recomendam o prosseguimento do processo de autorização de curso médico privado em Iguatu.”
A luta é antiga
O deputado estadual Agenor Neto lamentou a decisão do MEC, e da própria administração de Iguatu, que não se preparou de forma adequada para concorrer ao Edital. Ele informou que já se reuniu com o presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira, e também esteve em audiência com o secretário Nacional de Ensino Superior do MEC, Paulo Barone, para tratar sobre o assunto. “A Prefeitura de Iguatu agora precisa fazer o mínimo, que é entrar com recurso junto ao MEC até o dia 2 de março. Isso sendo feito, garanto para vocês que teremos sim a nossa faculdade de medicina em nosso município, afinal essa é uma luta antiga, idealizada por meu pai José Ilo, quando ele era secretário de saúde de Iguatu, durante minha gestão em 2005”, disse Agenor Neto.
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Agenor Neto se reúne com secretário de Ensino Superior do MEC, Paulo Barone |
Agenor Neto destaca que, durante a gestão do prefeito Aderilo Alcântara, vários recursos foram conseguidos para melhorar a infraestrutura do Hospital Regional e do Hospital e Maternidade Agenor Araújo, com o objetivo de promover condições necessárias para que o município pudesse se candidatar a receber cursos de medicina.
O deputado destaca que em 2015 conseguiu recursos no valor de R$ 1,8 milhão para reforma do Hospital Regional; R$ 1,3 milhão no Ministério da Saúde, já depositado no Hospital; R$ 500 mil da sua minha emenda de deputado, além de meio milhão do senador Tasso Jereissati. Além disso, ainda buscou e conseguiu aprovar a liberação dei R$ 7 milhões para reforma e ampliação do Hospital e Maternidade Agenor Araújo. “Sabíamos da necessidade de recursos para a melhoria da infraestrutura das duas unidades de saúde, fomos à luta, e conseguimos liberar mais de R$ 4 milhões para reforçar o sistema de saúde pública da nossa cidade, inclusive recursos para a instalação de uma UTI”, destacou o parlamentar.
CONFIRA ABAIXO, CÓPIA DO RELATÓRIO ELABORADO PELO MEC. CLIQUE PARA AMPLIAR.
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